Glórias Lusófilas

Primeiro Internacional (A) do Luso Futebol Clube

"Manuel Soeiro principiou a sua carreira de futebolista no Luso do Barreiro de onde era natural, chegando então à Selecção Nacional, onde se estreou no dia 3 de Maio de 1932, num jogo disputado em Lisboa, em que Portugal derrotou a Jugoslávia por 3-2, com um golo seu.Transferiu-se para o Sporting em 1933, para logo se sagrar Campeão de Portugal, marcando os quatro golos com que os Leões derrotaram o Barreirense na final desse campeonato, naquela que foi a sua tarde de glória e que ficou para a história como o Poker de Soeiro.Tornou-se então num dos maiores goleadores de sempre do Clube, totalizando 204 golos marcados em 220 jogos oficiais, e voltou a ser decisivo na Final do último Campeonato de Portugal em 1937/38, ao marcar dois dos três golos com que o Sporting derrotou o Benfica.Ficou também para a história como o primeiro melhor marcador do Campeonato da Liga, em 1934/35, época em que marcou 14 golos.Repetiu a proeza em 1936/37 ao apontar 24 golos.Ao longo das doze temporadas que jogou no Sporting, ganhou um Campeonato Nacional, três Campeonatos de Portugal, uma Taça de Portugal e nove Campeonatos de Lisboa, integrando a linha avançada que antecedeu os Cinco Violinos, ao lado de Mourão, Pireza, Peyroteo e João Cruz.Representou por 12 vezes a Selecção Nacional, ao serviço da qual marcou 5 golos.Mais tarde, encaminhou para o Sporting o seu sobrinho Manuel Vasques, que viria a ser um dos Cinco Violinos.

Joaquim Carvalho nasceu a 18 de  Abril de 1937, no Barreiro e iniciou a carreira no Luso F. Clube em 1955. 

Em 1958, na festa de aniversário do Luso, na qual o Sporting foi convidado, Carvalho realizou uma exibição de luxo que viria a mudar a sua vida. Os responsáveis leoninos contrataram-no de imediato! Foi um dos principais responsáveis pelo único título europeu do clube: a par de Fernando Mendes foi o único a realizar todos os jogos da Taça dos Vencedores das Taças que os leões conquistaram em 1964, permitindo-lhe receber 73 contos de prémio total. Um jornalista belga escreveu após o sucesso leonino: ‘O guarda-redes das luvas pretas tinha umas mãos compridas’. A sua forte personalidade mostrou-se determinante em certos momentos, como no jogo da finalíssima em Antuérpia, em que deu dois estalos a Pérides para ‘lhe tirar o nervoso’, após este ter cometido um erro que poderia ter sido fatal para a equipa. Carvalho era também um homem sensível, como o atestam duas outras histórias: na mesma final da Taça dos Vencedores das Taças levou uma estátua de Santa Filomena para o proteger na baliza, e dois anos depois, quando foi Campeão Nacional, desfaleceu em campo no final da partida que decidiu o título. Fez parte dos 22 ‘Magriços’ que conquistaram o 3º lugar no Campeonato do Mundo de 1966. ‘Foi graças a mim que estivemos no Mundial’ – sem falsas modéstias, Carvalho recordou desta forma o apuramento de Portugal na sequência de um empate com a Checoslováquia, a 31 de Outubro de 1965. Foi distinguido com a Medalha de Mérito, com a Medalha da Cultura de Lisboa e com a Baliza de Prata.

Internacionalizações: 6, 3 Campeonatos Nacionais, 1 Taça de Portugal, 1 Taça dos Vencedores das Taças.